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Coronavírus

A ficha, a grande ficha, em algum momento… ela precisa cair

Renato Francisquini*

Em junho de 2013, no auge dos movimentos de rua que, em vários sentidos, abalaram a sociedade brasileira, a brilhante Laerte publicou uma charge em que vaticinava: a grande ficha, em algum momento…ela vai cair. Sem que o suspeitássemos, a serpente botara o ovo que seria chocado por muitos. No ano seguinte, questionou-se o resultado das eleições presidenciais (“só pra encher o saco do PT”, segundo Aécio Neves)[1] e a Operação Lava-Jato intensificou a sua rotina de abusos, que culminou no golpe parlamentar de 2016 e na ascensão de um vice sem legitimidade, vítima do mesmo ardil que o levou ao poder[2]. Continuar lendo “A ficha, a grande ficha, em algum momento… ela precisa cair”

Infodemia e novas guerrilhas

João Martins Ladeira*

Já é mais do que hora de congregar todo o maquinário semiológico que, no século XX, nos ensinou como lidar com as ideologias e aplicá-lo à máquina de desinformação de nosso tempo. Continuar lendo “Infodemia e novas guerrilhas”

Comorbidades

Fernando Lattman-Weltman*

Volta e meia, conforme as conjunturas, torna-se popular o uso de um termo técnico que até então só os experts no assunto utilizavam. Continuar lendo “Comorbidades”

A Espanha e o estado de alarme: uma leitura da conjuntura em tempos de pandemia

Gustavo Fernandes Paravizo Mira*

 A Espanha é uma das nações mais afetadas pelo coronavírus (SARSCoV2) no mundo. Segundo dados do Ministério da Saúde e da Universidade John Hopkins, o país registrou um total de 220.325 casos de coronavírus e 25.857 mortes em 6 de maio. Isto representa 18% dos casos na Europa, onde vizinhos como Itália, Reino Unido e França também enfrentam situações gravíssimas em decorrência do avanço da pandemia. Neste contexto, apesar de todas as contestações à democracia liberal, o Estado aparece uma vez mais como o principal agente de controle da emergência em saúde, proteção social aos cidadãos e socorro aos setores financeiro e produtivo. Continuar lendo “A Espanha e o estado de alarme: uma leitura da conjuntura em tempos de pandemia”

Escola sem máscaras

Rafael Betencourt*

O amor é a emoção central na história evolutiva humana desde o início, e toda ela se dá como uma história em que a conservação de um modo de vida no qual o amor, a aceitação do outro como um legítimo outro na convivência, é uma condição necessária para o desenvolvimento físico, comportamental, psíquico, social e espiritual normal da criança, assim como para a conservação da saúde física, comportamental, psíquica, social e espiritual do adulto. Num sentido estrito, nós, seres humanos, nos originamos no amor e somos dependentes dele. Na vida humana, a maior parte do sofrimento vem da negação do amor: nós, seres humanos, somos filhos do amor”  Humberto Maturana Continuar lendo “Escola sem máscaras”

O pasteleiro e a pandemia – uma história essencial sobre o fim de um trabalho

Raquel Guilherme de Lima*

20h30m – hora de bater palmas para os trabalhadores essenciais da enferma sociedade, enquanto os demais tentam dar conta das suas existências confinadas.

O pasteleiro assiste o JN, admira os médicos, gente estudada que tem um ofício bonito. Não, ele não irá até as janelas bater palmas para os bacharéis transformados em doutores, não tem humor para isso, lhes presta sincera homenagem com um gesto de consentimento. Continuar lendo “O pasteleiro e a pandemia – uma história essencial sobre o fim de um trabalho”

Uma pitada de veneno

João Martins Ladeira*

As pretensões autoritárias encontram na cloroquina bolsonarista o elixir de uma rebeldia suicida, num gesto que aponta quais fantasias agregam o grupo.

Continuar lendo “Uma pitada de veneno”

Escuta Aí – Crônica de uma queda anunciada

Jorge Chaloub*

A novela em torno do Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, revela boa parte do funcionamento do bolsonarismo. Em meio ao discurso desconexo de Bolsonaro e família, vemos emergir o anti-intelectualismo, o uso político da religião, o culto fascista à prevalência do mais forte, o fetiche pela lógica militar na política, a apologia ultraliberal de um Estado que não cuide dos “fracos” e o recurso às redes sociais como forma de distorcer consensos e criar narrativas fantasiosas. Perdido em meio a uma crise, imprevista ao menos para ele, Bolsonaro sacava a cada hora uma nova carta do seu jogo habitual e quase sempre aumentava a aposta. O cenário não parece, todavia, promissor para seu governo. Continuar lendo “Escuta Aí – Crônica de uma queda anunciada”

A virulência do Estado Agônico: “O Brasil não pode parar”

Andrea Ribeiro*

O slogan da campanha publicitária do governo federal “O Brasil Não Pode Parar” é a expressão máxima da crise política, econômica e sanitária que assola o mundo e da falência da razão política vigente nos tempos de coronavírus. O apelo para que voltemos “à normalidade” invoca a falsa dicotomia entre economia e vida e coloca em risco milhões de brasileiros, em especial os mais vulneráveis, expondo a agonia na qual se afoga o Estado. Continuar lendo “A virulência do Estado Agônico: “O Brasil não pode parar””

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