Um certo olhar: diálogos felinos sobre vacinas e outras manhas

João Dulci*

João Júnior é um gato mestiço, filho de uma vira-lata com um gato de rua (ou o contrário). Chamo-o de JJ (americanizado mesmo – lê-se ‘jay jay’). Apesar de, nesta vida, ter apenas dois anos recém-completados, já viu muito do mundo em outras 4 ou 5 passagens por esse plano. Tem, por isso, uma sabedoria arguta, embora muitas vezes mundana, é verdade. Costuma perguntar mais do que afirmar, algo que deve ter aprendido pelas suas passagens pela Grécia ou pela Babilônia. Embora costume usar o horário dos jornais televisivos para brincar, gastando boa parte da energia acumulada ao longo dos seus intermináveis cochilos vespertinos, parece captar com profunda atenção as mensagens que ouve e que vê nos noticiários.

Charlie Kaufman e a vertigem

João Martins Ladeira*

Enfim, o roteirista-diretor retorna a seu cinema absurdo, e, agora, parece ter trabalhado sua técnica de modo a torná-la mais límpida do que nunca.

Interrompemos a nossa programação para amarmos nosso líder

João Dulci*

Num intervalo de menos de 12 horas, tivemos em nossa querida pátria amada Brasil dois momentos que já nasceram exemplares. Pela manhã do dia 13 de outubro, foi julgada a atleta Carolina Solberg, do vôlei de praia, por ter proferido um “Fora, Bolsonaro” durante uma entrevista no circuito brasileiro da modalidade. À noite, durante a transmissão da peleja Peru x Brasil, abraços ao presidente Bolsonaro, agradecimentos a membros do governo e à direção da CBF.