Simone Meucci*
Calo-me, espero, decifro. / As coisas talvez melhorem. / São tão fortes as coisas! / Mas eu não sou as coisas e me revolto. / Tenho palavras em mim buscando canal / são roucas e duras / irritadas, enérgicas / comprimidas há tanto tempo, / perderam o sentido, apenas querem explodir. Carlos Drummond de Andrade – Nosso tempo, 1945 (A Rosa do Povo)
Nesse período de instabilidade institucional em que políticas públicas estão sob ataque, quando fazemos uso da palavra, ficamos, na melhor das hipóteses, entre a explosão e a análise. Na pior, não conseguimos explodir nem analisar. Continuar lendo ““Velhos escombros sobre uma Base nova” ou “Réquiem para uma Base insepulta””